** Hoje, um poema nasceu, em um post no Facebook, regado a lágrimas e inseguranças. Talvez eu esteja um pouco emotiva demais após o retorno das férias, ou por saber de coisas duras e feias. Há em mim o desejo de mudança, dores de sonhos não realizados, vidas ainda por vir. Quero escrever mais poemas, ver mais poesia na vida – ainda que nos mundos inventados, nos reinos inexistentes. Os versos que hoje criei sem querer você pode ler a seguir. **
No meu universo paralelo, chocolate não engorda, cerveja é todo dia, livro é ferramenta, música é oxigênio e beijo e abraço são cartão de ponto.
No meu mundo invisível, é inconcebível colocar planta, vida, árvore, amor em perigo e em segundo plano.
Lá, é obrigatório sonhar e repartir.
No reino que inventei, utópico – sem governos, hierarquias ou cargos – a gente é feito de amar e sorrir.
A gente é igual, ninguém recebe chicote, fogo, chute, soco, a gente é livre e sente vontade de multiplicar. Planta, vida, árvore, bicho, amor, tudo vive com viço e sentido.
No meu universo paralelo, sinto aroma de chuva na terra seca, que faz brotar semente amarela, que faz sorrir quem se encolhe, doído.
Fora deste mundo sonhado, é tudo ao contrário.
Como faz para dar vida ao que se sonha?
Como faz para consolar tanta alma, tanta gente, tanto bicho?
No meu universo paralelo, pergunta é certeza e ninguém se sente só.